7 dicas para escolher o melhor programa de cálculo previdenciário

Aprenda a escolher o melhor programa de cálculo previdenciário com essas 7 dicas que resumem as principais características que um bom software precisa ter.

por Alessandra Strazzi

7 de fevereiro de 2022

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Capa do post 7 dicas para escolher o melhor programa de cálculo previdenciário

Uma das primeiras necessidades de quem começa a advogar em Direito Previdenciário é resolver o abacaxi dos cálculos previdenciários.

Eu já expliquei em várias oportunidades que é absolutamente indispensável aprender (de verdade) cálculos previdenciários, e não somente delegar essa responsabilidade para um programa. É um tiro no pé.

No entanto, eu realmente acredito que um bom programa de cálculo previdenciário é essencial para a advocacia previdenciária, seja para um grande escritório, seja para o advogado individual.

E meus leitores também acreditam nisso, pois todo dia alguém me pergunta qual programa eu uso, hehehe!

Então, para ajudar você a escolher o melhor programa de cálculo previdenciário, escrevi este artigo. Espero que ajude!

Dica 1 - Dados Confiáveis

Um bom programa de cálculo previdenciário precisa ser “abastecido” com dados confiáveis. E, se você tem alguma noção de cálculos previdenciários, sabe que a quantidade de informações necessárias é enorme.

Um pequeno exemplo: o programa deve ter sido programado para utilizar os índices de atualização corretos que eram utilizados no passado (lembre-se do “tempus regit actum”) e também precisa ser atualizado todo mês com os índices de atualização recentes.

Ele precisa “saber” quando utilizar cada regrinha de cálculo, para cada data diferente de DIB (data de início do benefício) já que, para cada época, o cálculo é diferente, pois nosso direito previdenciário muda o tempo todo.

Para que o programa tenha dados confiáveis, ele deve ter sido projetado por quem realmente entende do assunto e desenvolvido pelos melhores engenheiros e cientistas da computação. É indispensável que o time que desenvolve o programa tenha um super especialista em direito e cálculos previdenciários.

Por isso, procure conhecer quem são os responsáveis técnicos do programa que você está considerando comprar.

Dica 2 - Facilitador x Complicador

O papel de um programa de cálculos previdenciários é facilitar a vida do usuário, e não dar mais trabalho. Por isso, ele deve ser fácil de usar, intuitivo, auto-explicativo. Eu diria até que bonito!

Eu tenho horror a programas com cara de anos 90, que você demora mais para encontrar uma opção no menu do que para fazer um cálculo.

Quanto mais tempo um programa me poupa, mais eu gosto!

Para mim, é fundamental que o programa de cálculo previdenciário puxe automaticamente a maior quantidade possível de dados dos documentos que eu já tenho no meu computador (principalmente aquela infinidade de salários de contribuição - se eu precisar digitar um por um, vou errar vários números, com certeza).

Além disso, prefiro que o programa não fique pedindo para eu preencher dados que eu não vou precisar naquele cálculo.

Dica 3 - Comparações e Análises

Um bom programa de cálculo previdenciário precisa permitir que você compare e analise vários cenários, pra nada passar despercebido e você enxergar mais direitos.

É importante que o programa mostre automaticamente vários cenários (por exemplo: várias DIBs possíveis) para que o advogado decida o que é melhor para o seu cliente. Tem que ser fácil de bater o olho e ver as diferentes possibilidades, compará-las e escolher a melhor para o que seu cliente precisa.

Devo destacar que nunca deve-se espere que o programa tome decisões por você! Você, como advogado, é responsável pela decisão final.

Dica 4 - Notificação de erros

É relevante que o programa evite que você cometa erros por falta de atenção ou esquecimento.

Por exemplo: sabemos que quando existe um período em que temos tempo de contribuição mas não temos o salário de contribuição, devemos usar o salário mínimo. Se você esquecer de colocar o salário mínimo neste período, é importante que o software jurídico esteja programado para te alertar disso automaticamente!

É o mesmo caso para datas, o programa tem que ser esperto e entender que algumas datas são impossíveis de acontecer, como uma DIB antes do nascimento do seu cliente ou ainda a citação antes do ajuizamento da ação. Eu não sei você, mas eu acho muito fácil cometer um errinho no preenchimento dessas datas.

Dica 5 - Atualizações Constantes

Você, como advogado previdenciarista, já deve ter se conformado de que nunca vai poder parar de estudar, né? Já sabe que sempre temos modificações na legislação previdenciária.

Um bom programa de cálculo previdenciário deve seguir a mesma regra! Afinal, se o direito previdenciário está sempre mudando, as regras de cálculos previdenciários também. E o programa deve ser atualizado rapidamente e facilmente.

Não só isso: além das atualizações legais, ele deve estar sempre evoluindo, trazendo novas funcionalidades e melhorias.

Dica 6 - Nas Nuvens!

Talvez você acredite que para que os dados dos seus clientes estejam seguros, é melhor ter um programa que esteja instalado no seu computador e que não use a internet.

Essa visão está equivocada e eu vou explicar, com três argumentos, porque um servidor na nuvem (que roda um programa que você acessa pela internet) é melhor e mais seguro que um servidor local (o seu computador rodando um programa, por exemplo).

[Ok, eu não sou da área de tecnologia da informação, mas sou nerd de natureza e casada com um cientista da computação. Então tenho algum crédito, hehe!]

1) Nenhum programa de cálculos é 100% offline

Já disse que o programa deve ser melhorado constantemente, além de ter seus índices atualizados todo mês, né? E como ele faz isso? Através de uma conexão com a internet. Se você está preocupado que o programa “roube” seus dados, isso é o que bastaria.

Acho que nem existe programa de cálculo previdenciário que não faça pelo menos a atualização mensal dos índices.

2) Servidor na nuvem é mais seguro que servidor local

Primeiramente, um servidor na nuvem não existe fisicamente. Nele, a informação está distribuída por meio de um algoritmo em diversos computadores espalhados por localidades diversas e não necessariamente geograficamente próximas. Por isso, é praticamente impossível “invadir” um servidor na nuvem como é possível fazer com um servidor físico e local.

Ademais, temos a questão da segurança da informação armazenada. Em um servidor na nuvem, se uma das máquinas que contém uma parte da informação cair, as outras conseguem se reorganizar para recuperar e oferecer a informação perdida (os dados estão replicados nos demais computadores da nuvem).

Quando o servidor é local, é muito mais fácil perder a informação, já que uma simples falha do disco rígido acarretaria a perda total ou parcial dos dados. Pense: quando foi a última vez que você fez um backup? E quanto tempo levou?

3) Facilidade de acesso

Eu não sei vocês, mas eu trabalho em diversos locais diferentes… Então eu quero ter a possibilidade de continuar trabalhando em casa no cálculo que eu comecei no escritório, por exemplo. Se o acesso ao programa é online (nas nuvens), isso se resolve facilmente com um login e senha - #adoro !

Dica 7 - Bom Suporte

Um bom suporte é essencial para qualquer programa ou serviço digital, concorda? É importante que você consiga sanar suas dúvidas o mais rápido possível (afinal, você pode ter um prazo correndo…).

Um bom programa de cálculo previdenciário deve ser acessível, seja através de um ticket, e-mail, mensagens, etc.

Além disso, eu gosto muito quando o programa conta com uma seção compreensível de tutoriais, com vídeos e textos explicando como ele funciona. Assim evito ter que ficar esperando uma resposta…

Agora, se os desenvolvedores do programa levarem em consideração as minhas sugestões e desenvolverem novas funcionalidades em decorrência disso… Aí ganham o meu coração! <3

Dica Bônus - Sugestão da Alê de Programa de Cálculo Previdenciário

As 7 dicas acima resumem as características mais importantes que um programa de cálculos previdenciários precisa ter, na minha opinião. E na sua opinião? Você concorda? Acrescentaria ou tiraria algo? Conte para mim nos comentários!

Mas agora você deve estar esperando que eu indique o programa de cálculo previdenciário que eu mais goste, né? Muita gente me pergunta isso, seja nas minhas palestras, por comentário nos meus artigos ou por e-mail.

Por muito tempo, eu me recusei a indicar qualquer programa de cálculo previdenciário, pois muitas pessoas querem usar o programa de “muleta” para evitar estudar cálculos. Além disso, nunca me senti 100% segura para indicar nenhum programa.

Sabemos que é obrigatório conhecer cálculos previdenciários muito bem (espero que todos os meus leitores já tenham entendido isso!). Mas, por outro lado, é realmente indispensável ter um programa de cálculo previdenciário confiável, já que ele nos poupa um tempo enorme (isso para citar apenas uma das vantagens).

Por isso, há muito tempo eu vinha procurando um software de cálculos previdenciários que atendesse a todas as minhas exigências (que não se resumem apenas a essas 7 dicas). E, para a minha alegria, encontrei!

É com muito prazer que anuncio a parceria entre o “Desmistificando o Direito” com o “Cálculo Jurídico”!

Conheço pessoalmente os desenvolvedores do CJ (Cálculo Jurídico) e eles possuem a mesma filosofia do Desmistificando: ajudar os advogados previdenciaristas do Brasil com informação e produtos jurídicos da melhor qualidade, de forma acessível e moderna. Para nós, o mais importante é que o advogado preste o melhor serviço jurídico ao maior número possível de segurados.

Por tudo isso, digo que este software é excelente e realmente digno da minha indicação.

Cálculos Previdenciários sem stress

Alessandra Strazzi

Alessandra Strazzi

Advogada por profissão, Previdenciarista por vocação e Blogueira por paixão.

OAB/SP 321.795

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